domingo, 16 de setembro de 2012

Contos espalitados - Acampamento

Quem me conhece e/ou acompanha o Palitos sabe que gosto de histórias de terror e afins.
O que nem todo mundo sabe é que também gosto de criar histórias e personagens de ficção e terror. Tanto que já tenho uns 3 cadernos cheios de anotações e um bloquinho que está sempre comigo hehe
Bom, então estava arrumando minhas bagunças no computador e acabei achando vários microcontos, ideias e começos de capítulos dos meus personagens e cenários.
E um deles é este que segue.
Escrevi a muito tempo atrás.
E a pouco tempo encontrei um amigo pelas minhas andanças internéticas que desenha muito. Ele achou minhas ideias legais e está aos poucos colocando no papel as coisas que imaginei. Tanto que a ilustração que acompanha este microconto é dele.
E isso é uma coisa muito legal:D 
É muito bom ver suas criações tomando forma, especialmente em um traço tão legal quando o do Eliel.


ACAMPAMENTO

Estava sentado sozinho observando a escuridão. Seus amigos estavam em volta da fogueira alguns metros as suas costas, ele mal ouvia o som do violão e das risadas.
Olhava fixamente para a mata alguns metros a sua frente pensando nos seus problemas.
A lua estava cheia iluminando a mata e dando a ela uma aura fantasmagórica. 
Ao olhar tanto tempo pra escuridão era impossível não sentir um calafrio subindo a espinha. Este calafrio aumentou quando alguma coisa se mexeu na mata a sua frente. Alguma coisa que parecia ser imensa, pois de alguma forma toda a paisagem ficou escura, parecia que aquilo sugava a luz do ambiente e de alguma forma ele não conseguia tirar os olhos. 
Não tinha forma definida e apesar da luz da lua a escuridão parecia aumentar em sua volta como se aquilo o estivesse dominando. Podia sentir a respiração da coisa, que se mexia pouco. 
A coisa parecia que não tinha notado sua presença até ele ouvir um grito de alegria vindo de seus amigos. Em um momento o vulto gigantesco se movimentou rapidamente e pareceu agora estar fitando na sua direção, seu coração deu um pulo. 
Ele sentiu pela primeira vez na sua vida medo real, não medo de um filme, de um lugar. Sentiu no fundo de seu ser um medo primitivo, um sentimento avassalador de que sua vida ia ser tirada ali, naquele momento. 
Podia sentir que sua vida estava se esvaindo e mesmo assim não conseguia tirar os olhos daquilo, até que uma mão no seu ombro o tirou daquele transe. Ele deu um pulo assustado e viu que era sua amiga...... que tinha vindo avisar que o jantar estava servido. 
Ela percebendo seu estado perguntou o que ele tinha visto e ele olhou assustado para a mata onde “aquilo” estava e não viu mais nada de anormal, somente a luz da lua iluminando as árvores ao vento. Como sua amiga parecia não ter percebido nada ele decidiu não contar nada por enquanto, não queria que eles pensassem que ele estava ficando louco e nem muito menos estragar a noite de todos. 
Uma sensação estranha ficou em sua mente o resto da noite. Não falou nada para ninguém naquela noite, mas todos perceberam que ele estava mais quieto. Ele de alguma forma sabia que “aquilo” ainda estava lá, mas não sentia mais aquela presença predadora de antes. Depois de algumas horas todos começaram a ir para suas barracas, alguns foram para a casa, ele ia dormir dentro da casa e também foi tentar dormir. Todos adormeceram rapidamente, mas ele definitivamente não teve uma boa noite de sono...



Espero que tenham gostado, mas se não gostaram podem sentar o pau nos comentários. ehehe
Qualquer crítica é bem vindo para a gente melhorar.
Talvez eu publique outros uma hora dessas, ou não, muito pelo contrário. hehehe
E se gostaram da arte do Eliel, recomendo uma visita ao blog do cara que mata a pau.

http://drawsdesenhos.blogspot.com.br/

Bom, por enquanto é isso paliteiros.
Até a próxima.

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