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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Eu Li: GYO: O Cheiro da Morte de Junji Ito




Bizarro. 

Esta é a primeira palavra que vem a mente depois de acabar a leitura deste mangá de Junji Ito, famoso por suas histórias de terror e suspense como Uzumaki ( que já saiu por aqui pela falecida Conrad) e Tomie.
Uzumaki, série perturbadora que saiu completa por aqui.
Tomie, esta garota é estranha.
Na trama de Gyo (palavra que significa peixe, em japonês) um casal em férias se depara com um fenômeno bizarro: peixes e outro seres marinhos começam a sair da água e perambular pela superfície com pernas, sim, pernas. Junto com os peixes, um fedor similar ao de cadáveres toma o ar por onde eles passam. Logo o casal tem que lutar pela sobrevivência e achar uma explicação para este evento bizarro. 

Tubarão andando pela terra e matando geral. O bicho mais famoso deste mangá.
O Junji Ito tem um traço que é ao mesmo tempo bonito e sujo, e as cenas ganham um ar sombrio naturalmente e neste caso você pode até imaginar o cheiro que esta no ar. Ele consegue fazer uns personagens bem bizarros e assustadores. Algumas cenas que ele desenha são bem doentias e te fazem pensar o que este cara tem na cabeça. :D

Em Gyo, a historia está sempre em movimento, em cada um dos 19 capítulos novos fatos surgem revelando mais sobre o estranho fenômeno que esta tomando todos os lugares. Devo admitir que a explicação não me convenceu, mas isso foi comigo, leiam e me digam o que acharam. 

Depois da história principal ainda tem dois contos curtos, que particularmente gostei bastante.

O primeiro e com menor número de páginas, é "O Triste Conto da Coluna Principal", um conto de humor negro onde o pai literalmente sustenta a casa da família. 

E encerrando o volume está "O Enigma da Fenda de Amigara", que nada mais é que uma fábula doentia onde depois de um terremoto um fenda é aberta em uma montanha e lá aparecem vários buracos com formato humano e as pessoas começam a ir lá para entrar nos buracos que correspondem com eles. 
Fendas na montanha.
Bom, o que mais dizer sobre este mangá?

Gostei, mas não sei se recomendaria para todos. O cara desenha muito bem e as bizarrices dele podem causar um desconforto nos leitores, mas não é bem o tipo de terror que eu gosto. Leiam e tirem suas próprias conclusões.

Cliquem nas capas abaixo e leiam os dois volumes. É curto e dá para ter uma ideia da mente louca do autor, mas já aviso, esta é uma das obras mais tranquilas dele.


E para quem ficou interessado também existe um OVA (Original Video Animation, que consiste em episódios lançados diretamente em video) baseado na história. Digo baseado por que mudaram várias coisas que podem irritar quem já leu a obra.

Cena do OVA.
E aí Paliteiros, conheciam este mangá? Já leram? Vão ler? O que acharam? Comentem aí e vamos discutir sobre as obras do Junji Ito.

Bom, por hoje era isso.

Até a próxima.
E este é o Junji Ito. Olhando tu não dá nada por ele, mas quando vê as obras do cara...



quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Eu Li: Cemitérios de Dragões - Legado Ranger 1 de Raphael Draccon




Sinopse: "Em diferentes pontos do planeta Terra, cinco pessoas com histórias e origens completamente distintas desaparecem por motivos variados e acordam numa outra realidade. Em meio a guerras envolvendo demônios, dragões, homens-leão, seres fantásticos e metal vivo, os cinco precisam compreender os motivos de estarem ali e combater um mal que talvez não possa ser impedido. Este é o mote de Cemitérios de Dragões, o novo romance de Raphael Draccon, que marca a estréia do selo Fantástica. No livro, o autor de Dragões de Éter apresenta uma versão moderna e adulta de um universo inspirado por séries tokusatsu queridas por toda uma geração como Jaspion, Changeman, Flashman, Black Kamen Rider e Power Rangers."

Devo admitir que antigamente tinha um certo preconceito com literatura fantástica brasileira, mas de uns anos pra cá deixei isso de lado, li muita coisa legal e este começo de trilogia está entre estas coisas. Especialmente por ser uma homenagem aos tokusatsu, as famosas série japonesas com super grupos, heróis de metal e afins.

Mas apesar de conhecer os livros do Draccon, minha mãe é fã do cara e sempre me falava dos livros dele, nunca tinha lido nada dele até este me chamar atenção.

Comprei e ele ficou um bom tempo na fila de leitura, então semana passada ia viajar com a esposa e como agora entrei de novo na minha fase de ler livros finalmente peguei ele. E não me arrependi.

Nele somos apresentados a Derek, um soldado do exército americano perdido em uma espécie de caverna de mineração, escravizado por demônios junto com outras raças também presas ali como anões, gigantes e habitantes de Vega; Amber, uma garçonete irlandesa praticante de artes marciais mistas; Romain, um francês mestre em Parkour super irônico e com temperamento explosivo (que achei um baita dum chato), e que junto com Daniel, um hacker brasileiro e nerd, serve como alívio cômico. E ainda temos Ashanti, uma guerrilheira africana nascida em meio a conflitos étnicos em Ruanda, de longe o passado mais sofrido de todos.

Se vocês também são fãs de Changeman e afins, já se ligaram em quem eles vão se transformar depois. :D

A narrativa tem praticamente três pontos de vistas diferentes, que são alternados de capítulo para capítulo. Derek e Amber estão sempre juntos, assim como Romain e Daniel. Já Ashanti é a única entre os protagonistas a passar por sua história quase sozinha, interagindo somente com outros coadjuvantes também interessantes como o príncipe Rogga e Mihos - seu interesse amoroso. 

Particularmente não sou muito fã deste tipo de narrativa e torci um pouco o nariz no começo, mas devo admitir que depois gostei desta dinâmica. Especialmente para conhecer melhor o mundo que eles estão e no suspense que este tipo de narrativa proporciona.

Me surpreendi com os rumos que a história tomou. Esperava algo mais parecido com um Power Rangers da vida, mas não é nada disso. Esqueçam estas séries, elas são homenageadas, mas aqui o negócio é violento. É normal ter vilões com membros arrancados, cabeças explodidas e por aí vai. Isso dá uma nova visão aos nossos heróis de infância. :D 

Outra coisa que achei muito legal são as referências nerd no texto. E olha que não são poucas, vão desde citações de monstros gigantes até a mais óbvia que são as armaduras coloridas. E falando nisso, as armaduras aparecem de um jeito muito legal e são bem diferentes do que vocês imaginam.

Uma que achei muito legal foi a de um certo personagem que vem do planeta Hedin :D Para quem não lembra ou não nasceu nesta época é o mesmo nome do planeta do Jaspion, só escrito de forma diferente. E a descrição da armadura do personagem me lembrou imediatamente o Macgaren, arqui-inimigo do Jaspion e filho do grande vilão da série, Satan Goss.

Macgaren
Ainda falando em descrições, quando os vilões principais aparecem a primeira vez o leitor é capaz até de sentir o cheiro que eles exalam, tamanha a riqueza de detalhes e bizarrice dos personagens. Eles trazem consigo a escuridão e na primeira vez que aparecem é exatamente isso que sentimos junto com os personagens. Pelo menos aconteceu comigo e achei muito legal o autor conseguir passar este sentimento enquanto eu li.

Gostei bastante deste 1º livro, tanto que logo que acabei já peguei o 2º livro e já encomendei o 3º que fecha a trilogia. 

Comecei a ler o 2º e depois do final frenético do 1º achei este começo um pouco devagar, mas ele logo engrena e está ficando bem legal. Assim que acabar a leitura posto aqui.

Recomendo a leitura. Deixem os preconceitos de lado e se aventurem!

E aí Paliteiros, vocês já leram este livro? Pretendem ler? Nunca lerão? Comentem aí, estou atrás de gente para discutir uma teorias.

E só na espera dos robôs gigantes! :D

Bom, por hoje era isso Paliteiros, espero que tenham gostado.

Até a próxima.


Título: Cemitérios de Dragões - Legado Ranger I
Autor: Raphael Draccon 
Ano: 2014 
Páginas: 352 
Editora: Rocco
Compre aqui: Submarino | Saraiva | Americanas | Extra | Amazon

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

PRATELEIRA BÁSICA - Sandman - Noites Sem Fim



E aí Paliteiro!
Nova coluna no ar! Agora com vários convidados falando o que acham básico para se ter na prateleira. Na primeira coluna a amiga Annie fala de seu amor por Sandman - Noites Sem Fim. Curtam aí e se quiserem participar avisem. Valeu


Talvez minha opinião mude daqui a um ano mas em Agosto de 2015 eu diria que o item básico / essencial para ser ter numa coleção é “Noites Sem Fim” (Sandman).


A graphic novel conta uma história de cada Perpétuo (exceto no caso de Desespero, na sua parte são relatados 15 contos sem ligação alguma). A hq não traz um apanhado de história antigas e sim algo que foi feito exclusivamente para estar na revista/encadernado.
Cada história é ilustrada por um artista diferente:

Morte: P. Craig Russel

Desejo: Milo Manara

Sonho: Miguelanxo Prado

Desespero: Barron Storey e designer por Dave McKean

Delirium: Bill Sienkiewics

Destruição: Glenn Fabry e cores por Chris Chuckry

Destino: Frank Quitely

Fazendo assim cada parte parecer mais singular ainda.
Os contos não tem ligação entre si e são uma boa introdução para quem nunca leu Sandman.

(História Triste Mode On)
Essa graphic novel veio a mim num momento em que não estava mais lendo HQs , inclusive estava vendendo uma parte da minha “coleção”, então ela tem seu peso sentimental também.
(História Triste Mode Off)

Voltando a história:
Nela descobrimos porque Sonhos tem problemas com Desejo, vemos Delirium ainda como Deleite e sentimos o peso real que é ser Destino.

As artes são primorosas e (na minha opinião) as escolhas foram as melhores possíveis, o sentimento consegue realmente ser passado.

Enfim, Neil Gaiman sabe o que faz.

*Imagem de capa tirada do hotsite da Panini, demais fotos tiradas pela Monstra aqui, da edição da Conrad.

Arte de Kevin Wada.
Sobre a Annie: Mutante que viaja pelo tempo-espaço com o Doctor salvando as galáxias dos Vogons e Magical Girl nas horas vagas. Usa o termo coleção sempre entre aspas poque se considera leitora e não colecionadora.



quinta-feira, 7 de maio de 2015

Eu vi: Simpsorama - Quando a família amarela encontra os piores entregadores do século 30


Devo admitir que nem lembrava que este encontro aconteceria na série, também pudera, ele foi anunciado em 2013 quando avisaram que os Simpsons iam fazer um crossover com Family Guy.
Como fazia um tempão que não via Simpsons e Futurama acabou pela milésima vez, não acompanhava mais, então quando vi o anúncio do episódio por aqui decidi ver para ver como ficou.

Primeiramente vamos ao resumão básico com alguns spoilers para quem não viu.

Na escola, a turma do Bart faz uma capsula do tempo para ser desenterrada só 1000 anos depois, todo mundo trouxe algo, Milhouse coloca seu pé de coelho da sorte e como sempre Bart esqueceu de trazer algo e decide colocar um sanduíche onde ele limpou o nariz, tudo isso é enterrado num buraco que vasa produtos químicos. Naquela noite em meio a raios Bender cai do céu no pátio dos Simpsons e logo faz amizade com Homer, mas não lembra por que esta ali. Na verdade ele esta ali para salvar o futuro de uma ameaça que tem o DNA da família amarela.

A partir daí vemos várias piadas de viagem no tempo, sobre como Homer e Bender são parecidos com a participação de vários personagens dos dois universos, alguns com uma frase só para marcar presença mesmo, como o coitado do Dr. Zoidberg.

Este episódio não foi dos melhores mas valeu bastante para rever os personagens de Futurama, mas mesmo assim ele tem seus momentos, especialmente a sequência de abertura misturando as duas séries e a batalha final contra as criaturas quando todos vão para o futuro. Fora a revelação que os alienígenas Kang e Kodos são um casal de lésbicas de sobrenome Johnson.

Ele dividiu opiniões, uns acharam que teve vários acertos em comparação a vários e outros que ele não chega nem perto de vários episódios épicos, especialmente de Futurama, mas no final das contas foi um episódio interessante que me deu mais vontade ainda de rever Futurama, série que sou fã e gostaria que o box com todas as temporadas fosse lançado por aqui.

Não sei se todos sabem, mas este não foi o primeiro encontro das duas séries, a primeira vez que elas se encontraram foi oficialmente nos quadrinhos. Lá nos EUA as duas animações tem vários quadrinhos sendo lançados a muito tempo, sendo que os Simpsons tem séries derivadas, umas das mais legais é Treehouse of horror que sempre conta com a participação de vários quadrinistas famosos, como Peter Kuper, Sergio Aragonés, Mike Allred, James Robinson, Jeff Smith e por aí vai.

Pena que nenhuma editora lança novamente estes quadrinhos por aqui, lançaram algumas edições dos Simpsons a muitos anos e depois nunca mais, eram legais e estão lançando em Portugal a um tempinho, seria legal as hqs voltassem a sair por aqui com as de Futurama junto. Mas voltando, Futurama e Simpsons se encontraram duas vezes nos quadrinhos nas minisséries, Futurama Simpsons Infinitely Secret Crossover Crisis e The Simpsons Futurama Crossover Crisis II, que tiram sarro dos grandes eventos dos quadrinhos como Crise na Infinitas Terras. Vale a pena ler, se quiserem ver como ficou cliquem nas capas aí embaixo para baixar as duas minis completas.


Por hoje era isso, até a próxima paliteiros.


sexta-feira, 17 de abril de 2015

Eu li: Parafusos, Zumbis e Monstros Espaciais de Juscelino Neco



Peguei este livro logo depois do lançamento e ficou na minha pilha de leitura por muito tempo, com minha mudança de estado fui vendo o que ia vir e o que ia ficar da coleção e esbarrei nele novamente. Decidi que ele ia viajar junto comigo. E não me arrependi da escolha.

Na história nela somos apresentados a Dolfilander (o pai do sujeito era um fã do Dolph Lundgren, mas na hora do registro saiu isso aí, só uma das inúmeras referências nerds da hq), um nerd que abandonou a faculdade para fazer seu grande filme, ele literalmente largou tudo, família, amigos, para se concentrar nisso, os meses se passaram e ele não conseguiu escrever, sua grande obra. Seu dinheiro o acabou e com isso veio a necessidade de começar a trabalhar, e a partir daí sua vida vira um grande saco, sem nada pra fazer e não querendo fazer nada, ele começa a trabalhar em uma lojinha onde passa os dias jogando Word of Warcraft. Tudo muda em um dia que ele está brincando com uma máquina de pregos e tenta colocar um parafuso nela, como é de se esperar isso emperra e quando ele tenta tirar, o objeto é lançado no meio de sua testa sem poder retirá-lo, sob o risco de se tornar um vegetal.

Dolfi VS Abomináveis monstros das neves mutante.
A partir dai ele decide levar a vida repleta de álcool e pornôs japoneses, até que uma noite conhece uma mulher num bar que da bola para ele. Após uma noite de sexo, nosso herói acorda numa banheira com gelo, e após verificar que seu rim não havia sido roubado, as coisas começam a ficar estranhas, Dolfi descobre que foi usado por um híbrido de mulher e aranha que havia usado o seu corpo para depositar os ovos para serem concebidos por ele. Para remediar a situação, ele passa por uma série de operações cirúrgicas que o transformam em um super-humano capaz de partir crânios com as mãos, se curar de todos ferimentos e comer 30 hambúrgueres em menos de uma hora. Fritas incluso. Tudo que qualquer nerd gostaria de fazer. Deste ponto em diante a história do paraibano Juscelino Neco parte para um lado trash pouco visto nas hqs e cheio de referências nerds, como o próprio autor me disse: "Acho que as minhas principais referências vem dos quadrinhos. Muito da produção alternativa europeia e estadunidense... Também gosto muito da estética dos filmes B. Pra mim, Evil Dead, O Massacre da Serra Elétrica e Fome Animal são obras-primas."

Então já viram né? São gangues despedaçadas, macacos gigantes socados, monstros das neves mutantes partidos ao meio e tudo lembrando muito um games de rpg, onde o personagem vai evoluindo a cada chefão de passa e vai ganhando novas armas até culminar no sonho de qualquer nerd. Uma motosserra na mão e uma horda de zumbis na sua frente. A felicidade do Dolfi nesta imensa matança zumbi é contagiante. 

Matança generalizada de zumbis = orgasmo nerd.
O autor começou como quase todos os leitores de quadrinhos e depois partiu para leituras mais underground: "Eu sempre li quadrinhos. Fui alfabetizado lendo Turma da Mônica. Mas só comecei a me interessar seriamente quando entrei na faculdade. Nessa época comecei a ler umas coisas que realmente me impressionaram, como Maus, Watchmen, Freak Brothers e, principalmente, a obra do Robert Crumb.", até começar a fazer suas próprias histórias, "Quando comecei a ler um material mais underground me bateu a ideia de tentar produzir alguma coisa... Isso por volta de 2003. No começo eu trabalhava de forma bem preguiçosa, tanto que só resolvi fazer um livro em 2012...". Ele acabou conseguindo fazer o que vários nerds estão tentando por aí, criar seu próprio universo e publicar numa editora. E isso é bem legal e me deixa mais empolgado para continuar com meus projetos.

Gostei muito da leitura, o texto é ágil e direto, seus diálogos são sarcásticos, sempre bem humorados e como dito antes, cheio de referências nerd, que vão desde a camiseta do Lanterna Verde até citações de várias hqs e filmes, outra coisa que torna a leitura muito prazerosa. 

Dolfilander partindo para o ataque.
E isso é exatamente o que o Juscelino queria quando escreveu "Acho difícil determinar exatamente de onde surgiu a ideia de Parafusos... Eu queria fazer algo que fosse divertido e que tivesse uma violência física extrema, quase cômica. Um tipo de leitura despretenciosa que eu curto muito mas que parece ter sumido do mercado. Acho que boa parte das HQs produzidas atualmente são muito profundas e entediantes."
Outra coisa que curti foram os desenhos simples e objetivo, com o dinamismo certo para o que o roteiro pede, mas que não poupa o leitor com todos os detalhes escatológicos que este tipo de história tem que ter.
Quem já leu a história, gostou e acha que aquele final poderia dar uma continuação legal, o autor disse que no momento não tem planos para isso, mas deu uma boa notícia, "Estou trabalhando num livro novo, uma comédia de humor negro com serial killers. Vai ser um quadrinho bem no estilo de Parafusos. Deve sair ainda esse ano pela Editora Veneta."

Falando nisso, não posso fechar a postagem sem falar também da Veneta, um editora relativamente nova mas que além de Parafusos, nos trouxe várias obras em quadrinhos que merecem uma conferida como A Arte de Voar, Sorge O Espião, Cumbe, Tungstênio e claro, o clássico do Alan Moore, Do Inferno. Todos valem muito a pena.

Zumbis, zumbis e mais zumbis.
Bom, recomendo muito esta hq, seja para fãs de filmes trash, de histórias divertidas e ultra violentas ou que só quer sair um pouco do eixo Marvel/DC, vale bastante a pena.

E aproveitem e deem um olhada no site do Juscelino e neste que ele faz paródias de cartazes de cinema com bichos de pelúcia.

Por hoje era isso, espero que tenham gostado.
Até a próxima paliteiros!

E aí, já leram? Vão ler? Gostaram? Comentem aí.





quinta-feira, 19 de março de 2015

Eu li: Os quadrinhos de Star Wars novamente pela Marvel



Depois que a Disney comprou a Marvel e tudo relacionado ao universo de Star Wars, era só questão de tempo até os quadrinhos da saga espacial saírem novamente pela editora do Homem-Aranha. Então depois de vários anos e séries saindo pela editora Dark Horse, este ano os direitos voltaram para a Marvel que deu a partida nesta nova empreitada com três novas séries.

Princess Leia, Star Wars e Darth Vader
Star Wars escrito por Jason Aaron com a arte ( e que arte!) de John Cassaday, seguindo as aventuras de Luke, Han e Leia e todos na batalha contra o Império, Princess Leia, com roteiros de Mark Waid e arte de Terry Dodson, minissérie em 5 edições seguindo as ações da líder rebelde e em como ela lida com a perda de Alderan e Darth Vader, escrita por Kieron Gillen e desenhada por Salvador Larroca, será focado em mostrar o Lorde dos Sith lidando com as conseqüências e reclamando seu lugar de direito no Império depois do fracasso e destruição da primeira Estrela da Morte.

As 3 já foram lançadas lá fora com várias capas alternativas e estão vendendo muito bem. E como não pode deixar de ser a Marvel já anunciou outras, uma ligada ao desenho Rebels (que não vi ainda) e outras ligadas ao novo filme que sai no final deste ano. Isso sem contar os 20 novos livros. Este ano vai ser legal para os fãs de Guerra na Estrelas.

Tive a chance de ler todas em edição física que ganhei de presente e posso dizer que achei bem interessantes. E depois de fazer uma maratona dos filmes clássicos foi muito bom ler estes quadrinhos. Vejam aí o que achei delas com pequenos spoilers.

As 3 primeiras edições de Star Wars se passam em um planeta chamado Cymoon 1 onde o Império constrói suas armas. Luke e os outros conseguem se infiltrar lá fingindo trabalhar para o Jabba, mas não contavam com a visita de Vader ao local e pela primeira vez neste novo universo expandido, Luke Skywalker e Darth Vader ficam frente a frente enquanto Han Solo e a Princesa Leia tem que pilotar um AT-AT para conseguirem sair da fábrica de armas antes que seu reator exploda. 

Arte de John Cassaday

Gostei bastante destas 3 primeiras edições. As histórias de todas as novas séries se passam entre os filmes 4 e 5, logo depois da destruição da primeira Estrela da Morte e esta tudo muito fiel aos longas.
Os textos de Aaron estão bem legais com cenas de ação bem escritas e mostrando bem o lado vilanesco de Vader. Mas o que chama a atenção mesmo é a arte do John Cassaday, ele esta muito confortável aqui, suas páginas passam toda a emoção necessária e os personagens estão idênticos as suas contrapartes cinematográficas. Esperem para ver a chegada de Vader ao planeta ou quando ele enfrenta sozinho um At-At. Bem legal. Pena que ele acabou de anunciar que a 6º edição vai ser sua última e vai ser substituído por Stuart Stuart Immonen, que tem outro estilo mas também desenha muito. E outra coisa marcante desta edição foram as 42 capas alternativas, sim vocês leram certo, com várias homenagens a capas clássicas da Marvel. Isso com certeza ajudou a aumentar as vendas.

Vader mostrando por que é um do maiores Siths por John Cassaday
E então chegamos a revista solo do Lord Sith Darth Vader. 
Ela teve 17 capas alternativas e foi lançada em fevereiro deste ano, antes das outros, mas é melhor que seja lida depois das 3 primeiras edições de Star Wars.

A história segue os acontecimentos da destruição da Estrela da Morte e ao ataque Rebelde ocorrido em Cymoon I e agora, depois de duas derrotas vergonhosas para os Rebeldes, Vader tem que sofrer da ira do Imperador Palpatine que rebaixa seu aprendiz e o coloca sob o comando do Grande General Tagge, aquele mesmo sufocado em Episódio IV – Uma Nova Esperança, mas o Lorde Negro dos Sith não está confortável com esta situação e mesmo sem ordem direta do Imperador continua a caçada aos Rebeldes e especialmente do jovem Jedi Luke.
Arte de Salvador Larroca
Nestas duas edições vemos um Vader partindo mais para ação e a semente da dúvida já começa a ser plantada em sua mente, e quem viu os filmes originais sabe onde isso vai dar. Isso se torna mais visível na parte ele pega o sabre de Luke e o reconhece como sendo o seu antigo sabre mas não conta nada ao seu mestre. Também gostei da leitura destas edições e elas com certeza aumentam toda a mitologia em volta de um dos maiores vilões já criados e ainda abre um leque maior para histórias futuras ao mostrar um Boba Fett com um parceiro wookie ( sim, da mesma raça que o Chewbacca) fazendo paralelo a famosa dupla de Han Solo, como não acompanho muito o universo expandido não sei se ele já tinha aparecido, mas achei interessante. E além da história ser legal, Salvador Larroca mostra ser um dos melhores desenhistas no mercado. Suas páginas estão muito boas e dão vontade de ficar procurando cada detalhe.

Boba Fett e seu parceiro wookie
Começando imediatamente após os eventos de Episódio IV – Uma Nova Esperança, a revista mostra Princesa Leia, agora inimiga pública número 1 do Império, sendo protegida pelos lideres Rebeldes, enquanto seus compatriotas duvidam que ela possa comandar. 

Esta primeira edição legal e muito bem desenhada, mas ainda não me chamou tanto a atenção quando as outras, mas vou continuar lendo a minissérie para ver onde vai dar.

Arte de Terry Dodson
Bom, se chegaram até aqui podem ver que aproveitei a nova empreitada do universo de Star Wars nos quadrinhos. Estas histórias estão bem melhores de se acompanhar do que as que estão saindo pela Panini atualmente na revista Star Wars Legend e certamente a editora vai lançar estas séries por aqui ainda este ano para acompanhar o novo filme. Quando sair vou acompanhar novamente, estas parecem ser séries legais para se ter na coleção. Seja pela nostalgia, como na abertura das primeiras edições com a clássica frase "A muito tempo e uma gálaxia muito distante.." onde você chega a ouvir a música de abertura ou seja nos novos caminhos que estão sendo pavimentados, são séries que todos os fãs de bons quadrinhos e especialmente de Star Wars não podem perder.

Bom, por hoje era isso, espero que tenham gostado destas resenhas rápidas.
Então, valeu Paliteiros!!


E vocês? Já leram? Vão ler? O que acharam? Comentem aí.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Eu li: Bidu - Caminhos


Tá aí, peguei meu volume ontem e só tenho uma coisa a dizer: Conseguiram de novo!
A história de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho ficou muito legal mesmo. Já era fã dos caras a um tempo e quando conheci eles pessoalmente em um evento aqui no sul e peguei o álbum Achados e Perdidos virei mais fã ainda. Por sinal, estou devendo uma resenha deste álbum por aqui.

Bidu - Caminhos não deve nada aos outros lançamentos do primeiro ciclo da coleção Graphic MSP, o Astronauta - Magnetar, de Danilo Beyruth, Turma da Mônica - Laços, de Vitor e Lu Cafaggi, Chico Bento - Pavor Espaciar, de Gustavo Duarte e Piteco - Ingá, de Shiko. Tenho todos até agora e devo dizer que o Sidão e o todo o pessoal envolvido está de parabéns. E todos os álbuns vem sempre em duas versões, capa cartonada por R$19,90 e capa dura por R$ 29,90. Preços muito justos.

A história nos apresenta um pequeno cachorrinho azul que vive na rua e é o rei do seu pequeno terreno, mas ele quer algo a mais. Ele cansou de ter que correr atrás de comida e expulsar um certo cachorro amarelo que quer seus ossos, conseguidos com tanto trabalho. A vida do cachorrinho não está fácil.
Mas tudo pode mudar.

Os autores fizeram a escolha certa em mostrar a vida do cachorrinho azul nas ruas antes de conhecer seu dono e melhor amigo, apresentando toda sua jornada cheia de percalços, amizades inesperadas e chuva, muita chuva.

E o que dizer da arte do álbum?
O estilo dos dois autores é muito legal, como já disse, já era fã deles antes e aqui eles se superaram, seja nos desenhos ou na escolha das cores, tudo fecha perfeitamente com o espírito da história. E prestem a atenção nas onomatopéias usadas, todas feitas a mão, são quase outros personagens na história. Como na passagem que o Bidu está com fome. Muito bem bolado.

Onomatopéias interagindo com a cena.
E aqui os cachorros também falam entre si, mas diferente dos quadrinhos, não com palavras e sim com imagens, uma jogada muito boa do Sidão que desafiou os autores a fazerem algo assim. E o resultado final ficou bem legal. Vale a pena olhar todos os quadrinhos com cuidado e apreciar todas os detalhes da arte e das conversas dos cães.

Ao final da leitura fica aquela sensação boa de acabar de ler um história legal, que merece ser lida.
Recomendo a todos, especialmente se tu já teve ou quis ter um cachorro um dia.

Esta coleção de Graphics MSP está muito boa e só tende a melhorar com os novos títulos anunciados pro próximo ciclo de lançamentos.

Astronauta 2 - Singularidade de novo produzida por Danilo Beyruth e com cores de Chris Peter, que prometem repetir a maravilhosa obra apresentada na primeira edição. E desta vez o Astronauta não esta sozinho.

Penadinho - Desenvolvido por Paulo Crumbim e Cristina Eiko Yamamoto, casal que produz o ótimo Quadrinhos A2.

Turma da Mônica: Laços 2 - Os irmãos Vitor e Lu Cafaggi retornam na sequência da (para mim) melhor graphic da coleção.

Papa-Capim -  escrita por Marcela Godoy e desenhada pelo Renato Guedes.

Turma da Mata - Com produção de Davi Calil e Artur Fujita. Greg Tocchini estava junto mas infelizmente saiu da obra e vai ter seu substituto anunciado em breve.

Tem também uma graphic surpresa a ser anunciada em breve para ser lançada ano que vem.

Graphics MSP anunciadas para o 2º ciclo de publicação.


E não fiquem surpresos se logo surgir alguma animação ou brinquedos baseados nelas, todas merecem.

Mas voltando a Bidu - Caminhos, leiam. Ela é muito boa e merece ser lida e apreciada sem moderação. Prova mais uma vez que quadrinhos não são só coisa de criança e podem muito bem emocionar sem ser piegas.

Esta coleção esta ficando cada vez melhor. Então, que venham as próximas.

E aí paliteiros, já leram? O que acharam? Comentem aí.
Por hoje era isso. Até a próxima.
















































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